quarta-feira, 19 de outubro de 2011

A DÉCADA DA DIGNIDADE

Dentro de dois meses, o país completará uma década governado pelo Partido dos Trabalhadores (PT). Embora muitos dos mais ardorosos opositores do atual governo queiram notabilizá-lo como um governo de continuidade, o fato é que a década petista foi uma época de superação.
Superação de duas forças que tantas vezes impediram o país de alcançar seu desígnio histórico. Por um lado a amarra econômica na qual o desenvolvimento era sempre uma promessa de futuro para os dois terços de baixo da população. Por outro lado, a democracia sempre tutelada por segmentos que se reservavam no direito de decidir o que era melhor para o Brasil.
Passados aqueles vinte anos de chumbo e mais duas décadas perdidas (1984 – 2002), o Brasil reencontrou-se com a dignidade do seu povo. Dignidade da liberdade, da inclusão, da justiça social. É preciso celebrar estes tempos, tão raros em nossa história.
É essa a dignidade interna que nos dá autoridade para exercer nossa dignidade externa. Olhar as outras nações desenvolvidas de igual para igual sem aceitar que nosso destino seja governado por interesses diferentes, (se não raras vezes, divergentes) daqueles que realmente almeja o povo brasileiro.
Não seria adequado chamar esse período de “anos dourados”, porque traria a falsa ilusão de riqueza, normalmente vivenciada por poucos.  Tão pouco podemos dizer que tivemos uma década de falsos e efêmeros “milagres”, de racionalidade duvidosa. E nem foi um tempo que o povo precisou de um pai para construir seus direitos. Não. Foi um tempo mais modesto. Foi uma década de DIGNIDADE.
 

ALBERTO L. KOPITTKE

Diretor Executivo
Consórcio Metropolitano Região Metropolitana 

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