quarta-feira, 19 de outubro de 2011

Conferência Novo Movimento Político / Região Litoral Norte



COMPANHEIROS(AS),


Convidamos a todos(as) para a Conferência Regional - Novo Movimento/ Região Litoral Norte.

Quando: Sexta-feira, dia 21 de outubro;

Hora: 18h30

Local: Colônia de Férias do Sind. Metalúrgico/ Canaos: Av. Paraguassú, n.º 3.100, praia de Mariluz


(c/ A presença do Dep. Estadual Nelsinho Metalúrgico)

 

A DÉCADA DA DIGNIDADE

Dentro de dois meses, o país completará uma década governado pelo Partido dos Trabalhadores (PT). Embora muitos dos mais ardorosos opositores do atual governo queiram notabilizá-lo como um governo de continuidade, o fato é que a década petista foi uma época de superação.
Superação de duas forças que tantas vezes impediram o país de alcançar seu desígnio histórico. Por um lado a amarra econômica na qual o desenvolvimento era sempre uma promessa de futuro para os dois terços de baixo da população. Por outro lado, a democracia sempre tutelada por segmentos que se reservavam no direito de decidir o que era melhor para o Brasil.
Passados aqueles vinte anos de chumbo e mais duas décadas perdidas (1984 – 2002), o Brasil reencontrou-se com a dignidade do seu povo. Dignidade da liberdade, da inclusão, da justiça social. É preciso celebrar estes tempos, tão raros em nossa história.
É essa a dignidade interna que nos dá autoridade para exercer nossa dignidade externa. Olhar as outras nações desenvolvidas de igual para igual sem aceitar que nosso destino seja governado por interesses diferentes, (se não raras vezes, divergentes) daqueles que realmente almeja o povo brasileiro.
Não seria adequado chamar esse período de “anos dourados”, porque traria a falsa ilusão de riqueza, normalmente vivenciada por poucos.  Tão pouco podemos dizer que tivemos uma década de falsos e efêmeros “milagres”, de racionalidade duvidosa. E nem foi um tempo que o povo precisou de um pai para construir seus direitos. Não. Foi um tempo mais modesto. Foi uma década de DIGNIDADE.
 

ALBERTO L. KOPITTKE

Diretor Executivo
Consórcio Metropolitano Região Metropolitana 

DEMOCRACIA DIGITAL E AS TECNOLOGIAS DO PODER

DEMOCRACIA DIGITAL E AS TECNOLOGIAS DO PODER
Fábio Cannas*
Guilherme Ortiz**

Estamos diante de um período de profunda transformação da sociabilidade humana, principalmente na forma como nos constituímos enquanto sujeitos no mundo contemporâneo. A condição que nos pressiona a estarmos conectados a tudo e em tempo real não pode alçar as redes sociais colaborativas à causa desse desejo de conexão, mas sim, nos levar a compreendê-las como um reforço substancial impulsionado pelas novas tecnologias. Dessa forma, não podemos atribuir aos fenômenos sociais em curso, sejam manifestações populares de caráter reivindicatório diversos, sejam insurreições de povos subsumidos a ditaturas e regimes totalitaristas opressores, uma explicação simplista atribuindo nexo causal ao determinismo tecnológico.
No entanto, torna-se cada vez mais improvável a possibilidade de qualquer tipo de previsibilidade ou projeção de cenários futuros frente à utilização de novas tecnologias de interação virtual, tanto pelo dinamismo e velocidade com que são desenvolvidas novas derivações de software e hardware, quando pela criatividade na apropriação destas ferramentas para os mais distintos fins. Porém é inegável o seu extraordinário poder convocatório e sua capacidade de potencialização da ação de massa.
Nesse sentido, o processo cognitvo produzido pelas redes, por meio da capacidade interartiva das pessoas, de forma crescente e cotidiana através da utilização de plataformas tecnológicas de comunicação como o Twitter e Facebook, exige um importante questionamento: A quem serve este arcabouço de produção e fluxo de informação? Muitos atores afirmam que vivemos uma nova fase do capitalismo:

Na virada do século, o longo período de transição – genericamente denominado pela literatura econômica e sociológica de “pós-fordismo” – chegou à maturidade. A crise (que se declarou na década de 1970) do regime de acumulação da grande indústria taylorista e de sua regulação fordista-keynesiana abriu, após a transição das décadas de 1980 e 1990, o caminho para um novo regime de acumulação de tipo cognitivo. Essa maturidade não deixa de ser paradoxal: por um lado, ela permite fazer um balanço do debate que atravessou as duas décadas de transição sobre a “natureza” do pós-fordismo e, pois, da própria crise dos 1970; por outro lado, esse balanço e essa “maturidade” podem acontecer numa conjuntura marcada pela crise vertical – desse início do século XXI, da governança (financeira) e da ideologia (neoliberal) do capitalismo cognitivo e globalizado. Giuseppe Cocco

Segundo Cocco, o capitalismo pós-fordista passa a co-existir com a configuração social marcada pelo capitalismo cognitivo, agregando ao modelo de exploração industrial a capacidade exploratória da produção, dessa forma o capital financeiro se soma através dos meios cognitivos. Nessa esteira, podemos vislumbrara existência de uma nova composição das relações de trabalho eum novo tipo de proletariado chamado “cognetariado”. Por meio das redes e mídias, a vida introduz uma singularidade e afirmação da valorização do “eu”: um valor imaterial sobre a autonomia se auto afirmando pelas redes sociais.
As denominadas tecnologias do poder, embora nascidas a partir dos interesses do capital - têm produzido ferramentas que são resultado do capitalismo cognitivo e de sua insaciável necessidade de apropriação da inteligência coletiva[1] - criaram condições de fomento e impulso à intelectualidade de massas[2], por meio das redes sociais e dos novos mecanismos de distribuição de informação.
A eclosão de diversos movimentos revolucionários constituem um ciclo de insurreições oriundas do norte da África, do Egito, da Líbia, passando pela Primavera Árabe, na Síria, na Tunísia e atingindo o coração da Europa, Inglaterra, França e principalmente da Espanha. As manifestações revolucionárias que acontecem na Puerta del Sol, no território espanhol, compõem um dos mais ricos cenários para análises desses fenômenos, sendo possível a exploração de um novo modelo de revolução e o surgimento de um novo paradigma.
A crise do capitalismo global impulsionou na Espanha uma crise em rede, propriamente dita, contribuindo para o dilaceramento dos resíduos do Estado do Bem Estar Social, não só no país, mas também em grande parte da Europa. Os impactos das medidas adotadas pelo governo espanhol na tentativa de restabelecer o equilíbrio financeiro do País foram recebidos com uma onda de contrariedade pela população.
Esse movimento disparou inquietações com relação ao modelo de democracia representativa vigente, as quais redundaram na ocupação dos espaços públicos reais e virtuais, no anseio da conquista de uma democracia real. O que nasce então não é apenas um movimento de minorias, tampouco a soma de um conjunto dessas minorias presentes e ativas no País. Também não são mobilizações estratificadas, nem identificadas a segmentos de classe ou representativos. Tais movimentos são resultado do potencial imensurável da intelectualidade de massa produzida a partir das experiências da cibercultura e suas derivações, tomando corpo uma concepção de auto-representação definido pela homogeneização entre militantes e não militantes.
As ondas de informação que se propagam, embora necessitem de colaboração e participação espontânea, são geradasmuitas vezes a partir de processos orientados. A utilização de plataformas tecnológicas de interação, como é o caso do Twitter, permite a propagação de fluxos de palavras chave, denominadas “hastag”, utilizadas para identificar algum assunto ou informação discutida em tempo real na plataforma. As “hastag” constituem-se em hiperlinks na rede, as quais podem ser mapeadas, permitindo a identificação de todos os que participam da discussão. Aquelas que se apresentam com maior intensidade e circulação contínua na rede entram nos “tranding topic”.  No auge das rebeliões espanholas a “hastag” “#spanishrevolution” figurou no topo da “tranding topic” na rede espanhola e durante dois dias foi topo da lista no mundo. Estes fluxos produzidos por “hastags” fortalecem ações unificadas e a produção de consensos entre manifestantes.
As assembléias na Puerta del Sol, coração de Madri, chegaram a reunir mais de 2.000 pessoas com ampla capacidade de participação e deliberação a partir da utilização das plataformas tecnológicas interativas, reforçando e ampliando, dessa forma, a capacidade organizativa pelo meio da utilização das redes sociais.
A intitulada crise da democracia representativa, caracterizada pela ausência da capacidade de respostas frente aos problemas impostos pela crise do capitalismo global, reforça-se pela apatia da esquerda europeia em apresentar construções simbólicas e práticas para estas questões. Dessa forma as características do fenômeno espanhol - mesmo que recente, com pouco mais de três meses de existência - instalado a partir da criação do “Movimento 15-M” já é considerada uma nova forma de organização política – a política da multidão[3].
As ferramentas do capitalismo cognitivo, em um primeiro momento, possibilitam a ampliação da democracia, entretanto acabam transformando o homem em escravo, através destas ferramentas. Elas se apropriam do nosso conhecimento através da produção nas redes sociais. Faz-se fundamental a compreensão da dimensão paradoxal desse contexto, afinal, ao mesmo tempo em que, em Madrid, milhares de jovens tomam as praças em união contra o capitalismo, às empresas multinacionais, capitalistas lucram com as informações e mobilizações através das ferramentas do capitalismo cognitivo, que se une com o fordismo usando a retórica do coletivo.
A discussão referente as mudanças na noção de valor, produzida por uma força-cérebro livre de um comando, constitui-se em um elemento determinante na crise atual. Os recursos imateriais do processo de produção, tais como  conhecimento,  cooperação e  comunicação, se por um lado se subordinam à lógica do capital, por outro, contribuem fortemente constituindo conteúdo ao comum e à multiplicidade de subjetividades da multidão. A lógica mudou, vivemos no tempo da proliferação da criação doméstica fora dos ambientes corporativos, mas mesmo assim esta proliferação de informação e pensamento é capitalizada pelas grandes corporações visando o lucro através da busca deste processo imaterial.
Tanto na Espanha como nos demais países em ebulição revolucionária os efeitos da utilização das redes alteram significativamente as questões territoriais. Os espanhóis, que tradicionalmente ocupavam locais centrais de importantes cidades como Barcelona e Madrid, presenciaram a ocupação maciça de mais de sessenta outros municípios. Este curto-circuito entre o real e o virtual, a formação de uma nova topografia que não identifica nem o dentro nem o fora, nem muros nem paredes, bem como o compartilhamento de coletivos imaginários[4] que circulam pela imaterialidade dos territórios para além da cartografia da cidade, constituem uma nova relação de poder e de liberdade entre os sujeitos. A crise dos agentes intermediários de mediações, representados no plano político social pelos sindicatos e partidos, coloca toda a sociedade diante de enormes desafios na busca pela governança da multidão.
A necessidade de complementação dos ambientes tradicionais de representação da democracia que até então homogeneizava os espaços, está convivendo com a constituição de uma nova atmosfera de representação a partir da constituição do comum. No entanto, cabe salientar que as revoluções não nascem das redes e das tecnologias, essas são ferramentas, instrumentos que potencializam as insurreições, as quais nascem das contradições ainda abissais e imensuravelmente dissimétricas entre o capital e o trabalho.
Frente ao cenário mundial que estamos presenciando, faz-se necessário um exercício de serenidade e alteridade, que nos possibilite melhor conviver e apropriar-se da nova configuração de extensão da condição humana, vislumbrada por uma realidade aumentada[5] a partir da utilização das novas ferramentas tecnológicas. A intervenção autoritária, à medida que governos encontram-se ameaçados, tem-se firmado freqüentemente como a alternativa de resposta presente em discursos extremistas, conservadores e ditatoriais, a exemplo do ditador Mubarack, na insurreição egípcia e, recentemente, do primeiro ministro britânico David Cameron, nas manifestações de jovens nas ruas de Londres. Em ambos os episódios, cogitou-se a hipótese de retirar as plataformas de interação do ar, explicitando a tentativa de um processo de censura inadmissível, principalmente para nações de democracias sólidas e consolidadas como as européias. Os EUA também são um ótimo exemplo de inabilidade em conviver com as novas fronteiras da transparência social. A tentativa frustrada do governo norte americano em bloquear os acessos ao Wikileaks, site que divulgou arquivos secretos do país, gerou uma comoção na rede.
 A rede alterou a interatividade, que por sua vez subverteu a centralidade do poder, agregando transparência pública a democracia participativa, colocando em cheque a cultura do segredo. Passa a existir um mal estar no estado, criado pela enfreada capacidade de expressar-se, dessa forma gerando instabilidade nos governos que não incorporam a condição interartiva na relação com o cidadão, sendo que esta interatividade depende do individualismo colaborativo das pessoas com os governos. Consolidação de um cenário cada vez mais fácil de falar e difícil de ser ouvido.
A democracia moderna, consolidada no século XX, especialmente nos países desenvolvidos, foi produto da criação e do aperfeiçoamento de instituições que regularam os conflitos sociais através da competição política, a partir da implantação do sufrágio universal, como forma privilegiada de participação política. Hoje, passamos pela crise da representação e a desvalorização da política. O principal fator desta crise foi o declínio das relações de identificação entre representantes e representados. Fazer algo diferente é essencial para essa geração, precisamos criar novas experiências, alternativas ao retrocesso e as formas de política tradicionais, pensando em um sistema de participação que seja uma reinvenção do processo democrático.

A democracia na pós-modernidade está diante de novos desafios. Em uma sociedade cada vez mais plural, onde as novas tecnologias de comunicação transformam-se em importantes ferramentas de participação, cabe a toda a sociedade estar preparada para não mais ser apenas receptora, mas principalmente, emissora de informação. É fundamental que os líderes do século XXI compreendam que estamos diante de uma formação social advinda de um novo modelo de sociabilidade, de relacionamento e de interações, onde cada indivíduo tem a capacidade de intervir e produzir uma tessitura. Essa compreensão abre um amplo campo de novas possibilidades de intervenção na realidade, precisamos todos estar atentos a ela.

* Sociólogo, Assistente Social e Chefe de Gabinete do Prefeito de Canoas
**Cientista Político e Assessor Especial do Gabinete do Prefeito de Canoas


[1] LÉVY, Pierre – A Inteligência Coletiva, Editora Loyola
[2] BENTES, Ivana – Seminário Internacional Capitalismo Cognitivo: Revolução 2.0
[3] SANCHEZ, Raul - Seminário Internacional Capitalismo Cognitivo: Revolução 2.0
[4] MENEZES, Francisco – Impressões Digitais – Cibercultura, Comunicação e Pensamento, Editora Sulina
[5] GABRIEL, Martha – Marketing na Era Digital, Editora Novatec

terça-feira, 4 de outubro de 2011

Palavra de Prefeito

Extraído do Jornal Correio do Povo | Porto Alegre/RS | Pág. 2
"O desafio de criar diretrizes inovadoras para a carreira dos profissionais da educação está previsto no Compromisso Todos Pela Educação, decreto n 6.094, assinado pelo ex-presidente Lula em 2007, que estabelece a implantação de plano de carreira privilegiando o mérito, a formação e a avaliação do desempenho.

Canoas é um dos primeiros municípios do Brasil a implantar um novo plano dentro desse novo marco legal. Os planos de carreira do magistério e dos agentes de apoio da educação infantil de Canoas nasceram de um amplo processo democrático de discussão. Foram 46 reuniões nas escolas com a participação de 1.100 professores.

Qual a grande diferença desse plano comparado aos já existentes? Em Canoas, os professores são os responsáveis pela sua carreira, a progressão é automática, não dependem de vagas. No Estado, por exemplo, existem vagas predeterminadas e o educador depende da boa vontade do governador para avançar. Cada professor irá construir o seu próprio caminho de progressão que lhe permita, no prazo de três anos, alcançar 1.000 entre 1.200 pontos. Ao todo, são dez classes que ele poderá galgar com seu trabalho, saindo de um básico de R$ 1.777,19 e chegando ao teto de R$ 6.659,19. O educador é valorizado também por investir na sua formação, com sete graus, incidindo de 10% a 50% sobre seu salário básico, valorizando progressivamente da especialização ao doutorado. Ao impedir o achatamento da pós-graduação em um único grau, como é no plano do Estado, estamos incentivando os jovens com mestrado e doutorado a ingressar na carreira docente na educação infantil e fundamental.

A progressão está baseada no mérito, mas nenhum professor compete com outro, segue o seu próprio caminho e estabelece um compromisso com a qualidade da educação. A meritocracia como verbete explica um sistema regido pelo mérito, no entanto, as palavras não estão imunes às ideologias. Portanto, meritocracia significa mais do que isso, indica um sistema que estabelece disputas entre educadores e escolas, na propalada busca da excelência, extremamente enganosa. Por isso, entendo que tanto eu como o governador Tarso Genro não estamos propondo "essa meritocracia" na educação, mas sim um sistema regido pelo mérito e pelo respeito ao professor e à sua autonomia. Aqui não se trata de um jogo de palavras, mas conceitos distintos. Os planos de carreira são um investimento na profissionalização e nos processos educacionais. Valorizam o trabalho diário da escola e do professor, incentivando as práticas educativas.

Os critérios observados nas leis para a progressão na carreira atentam para as situações cotidianas do trabalho docente, à luz da proposta político-pedagógica e do regimento escolar, que averbam os acontecimentos no coletivo da escola. A falta não é punida, pois o professor tem a chance de buscar essa pontuação em outros critérios. Se entra em licença saúde, ele não perderá os dias letivos já contabilizados e seguirá contando a partir da sua retomada. O plano de Canoas não busca valorizar um superprofessor, mas apoiar e incentivar o bom educador, a grande maioria que está em sala de aula e faz com disposição e dedicação o seu trabalho."

 Jairo Jorge - prefeito de Canoas.

quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Unidade em favor das mudanças


     A vitória da Unidade Popular pelo Rio Grande nas últimas eleições nos abriu um novo período político, marcado pela necessidade de consolidarmos um projeto pós-neoliberal no Estado, em sintonia com nossa experiência nacional, iniciada pelo Presidente Lula, e que avança, agora, sob o governo Dilma.
     O processo, em curso, de conformação de uma nova hegemonia política no Estado pressupõe a aplicação prática de uma estratégia que combine o estabelecimento de um novo patamar de relações entre os partidos de esquerda e um diálogo politizado e programático com os partidos de centro.
     Assim, a tática eleitoral do partido em direção às eleições de 2012 deve guardar coerência com a lógica que nos possibilitou a inédita vitória política, em primeiro turno, nas eleições de 2010. Consequentemente, o debate deve transcender os limites de um ou outro município. Trata-se de projetarmos uma ação articulada, de caráter estratégico, com a responsabilidade de quem governa com maioria e implementa, com sucesso, um projeto de profundas mudanças no Rio Grande.
    Também estamos desafiados a pensar a respeito da contribuição que o novo governo do Rio Grande pode ofertar ao debate sobre a necessária renovação da
agenda democrática, neste início de século, o que certamente nos leva, também, a refletir sobre as perspectivas da esquerda brasileira nas próximas décadas.


A Esquerda gaúcha e o futuro da Revolução Democrática

      O aprofundamento da Revolução Democrática no Brasil depende, em grande medida, da capacidade que a esquerda brasileira terá em superar os limites que a experiência de governar o País com o atual sistema político nos impõe. Não será possível reformar nosso sistema democrático, promover a ampliação do controle público sobre o Estado, ampliar a esfera de participação popular, sem que organizemos um bloco de forças com um grau mínimo de coesão e fundamentação programática. Ou seja, a superação dos grandes impasses da democracia brasileira carece de uma frente política, hegemonizada pela esquerda com amplitude e consistência programática, capaz de liderar esse processo em âmbito nacional.
     São grandiosos os desafios para a esquerda mundial neste início de século. Frente à crise econômica internacional, cujos desdobramentos ainda serão conhecidos por um largo tempo, o Brasil figura como uma das raras exceções, nas quais a esquerda teve a capacidade de manter-se governando, sem abrir mão de sua visão de Estado, sem render-se à dogmática neoliberal, como ocorre nos casos da Grécia e Espanha.
    No entanto, sabemos que a consolidação de um projeto pós-neoliberal no país, que aponte para a renovação da utopia socialista e democrática ainda é uma tarefa inconclusa. Situar o Brasil entre as cinco maiores economias do planeta e, ainda, integrar os milhões de brasileiros que ainda se encontram à margem do atual padrão de desenvolvimento é um desafio que a esquerda brasileira assumiu para os próximos anos, mas cujo sucesso está longe de ser garantido.
    Também devemos apresentar respostas teóricas e práticas à temática da democracia no novo século e sobre as saídas para a crise da representação, que se abate sobre os regimes democráticos em todo o mundo.
     Repensar autopia democrático-republicana à luz dos dilemas postos pela sociedade da informação é uma tarefa imperiosa para a esquerda em escala global.

A responsabilidade do PT gaúcho

     Estamos cientes de que nenhuma experiência de governo isolada e, menos ainda, nenhum partido isoladamente poderá apresentar respostas consistentes ao complexo conjunto de temas que esboçamos aqui. Poderíamos, inclusive, enumerar diversos outros. Mas o fato é que o governo do Rio Grande do Sul pode e deve colaborar com o esforço de renovação do pensamento da esquerda contemporânea.
     Diante da complexidade desta tarefa, cumpre observar o posicionamento privilegiado do Rio Grande em relação ao tema da renovação da agenda democrática. A cultura cívica de participação popular e cidadã e toda a história de inovação democrática construída pelos governos populares gaúchos, em especial em Porto Alegre, tendo como referência o Orçamento Participativo, nos indicam uma possibilidade de interferência na agenda política nacional cujo conteúdo pode ser absolutamente positivo para a esquerda brasileira e para o PT.
     Dessa forma, organizar uma agenda de renovação da utopia socialista no Brasil passa a compor as preocupações dos setores empenhados no sucesso do governo Tarso. E um dos desafios será, exatamente, o de recompor, num outro patamar, as relações com as forças de esquerda, criando novas possibilidades
para a discussão a respeito da governabilidade necessária a um governo para enfrentar uma longa transição.
Manter coesa a Unidade Popular pelo Rio Grande e avançar na conformação de uma frente de centro-esquerdo, com hegemonia dos partidos de esquerda, é tarefa e responsabilidade do PT gaúcho.
     E é nesse contexto que devemos pensar as eleições municipais de 2012.
     É absolutamente legítimo e compreensível que o PT apresente nomes em cidades importantes como Porto Alegre, Pelotas, Santa Maria, Caxias, Canoas etc. O fechamento de chapas, porém, deve ser feito a partir de uma mesa comum, que reúna primeiro os partidos de esquerda e centro-esquerdo, ampliando em direção ao centro democrático que tenha interesse em compartilhar conosco.
     O PT deve apresentar nomes e debater quais as melhores condições para que esse campo político, que apenas inicia a construção de uma nova hegemonia no estado, possa sair fortalecido e ainda mais potente do pleito municipal do ano que vem.
     Não podemos orientar o debate a partir de uma lógica particularista, cujo desfecho só pode ser o isolamento e a fragmentação de nossa frente política no plano estadual.
Queremos aprofundar as mudanças que estão em curso no Brasil e no Rio Grande e para isso o poder municipal é um elemento importante para a consolidação de um projeto democrático, republicano e orientado para a promoção da justiça social e da cidadania.
    A responsabilidade do PT gaúcho é imensa e não podemos abrir mão de nossa condição de partido democrático, não sectário e que aprendeu com a experiência
prática a governar transformando, sem desrespeitar os fundamentos da democracia. Esse é um aprendizado valioso e que nos leva concluir que não somos donos da verdade e, tampouco, infalíveis, e isso faz parte da essência de nosso projeto político.
    Devemos caminhar para uma grande vitória eleitoral em 2012, consolidando a força política transformadora do PT, aprofundando a capacidade dirigente do PT e as mudanças estruturais que apenas iniciamos.

Rio Grande do Sul, 20 de setembro de 2011.
Jairo Jorge, Jorge Branco e Vinícius Wu*


*Jairo Jorge - Prefeito de Canoas
Jorge Branco - Diretor-Presidente da Fundação para o Desenvolvimento de Recursos Humanos (FDRH)
Vinícius Wu - Chefe de Gabinete do Governador Tarso Genro

sábado, 27 de agosto de 2011

Novo Movimento faz plenárias por todo Rio Grande

O Novo Movimento segue fazendo plenárias regionais por todo o estado, debatendo os rumos do RS e do Brasil. Neste sábado Canoas recebe a conferência Metropolitana na Unilasalle as 14:00.

 As imagens abaixo são das últimas conferências. Quem quiser enviar a foto da reunião da sua cidade mande para: movimentopolitico@gmail.com




terça-feira, 23 de agosto de 2011

Conferência Metropolitana do Novo Movimento Político

FAMURS é convidada para integrar a Rede Escola de Governo


O Diretor-Presidente da FDRH Jorge Branco foi recebido na tarde desta quinta-feira, 11, pelo Presidente da Federação das Associações de Municípios do RS (FAMURS), Mariovane Weis, e pela coordenadora da Escola de Gestão Pública da entidade, Rosânia Soares.  O encontro formalizou o convite para que a FAMURS passe a integrar a Rede Escola de Governo (REG). Branco considera de fundamental importância ter uma entidade com a tradição e respeito da FAMURS como parceira da REG e salienta que um dos objetivos é promover a aproximação com as prefeituras e com a comunidade.

terça-feira, 5 de julho de 2011

Canoas recebe segunda audiência pública regional do programa Destinos e Ações para o Rio Grande da AL-RS

 

Canoas foi sede da segunda audiência pública regional do programa Destinos e Ações para o Rio Grande da Assembleia Legislativa, em parceria com a Câmara dos Deputados, noite desta segunda-feira (4). O tema Infraestrutura, Mobilidade e Segurança foi discutido no âmbito dos 91 municípios da Região Centro-Sul do Estado. O encontro foi realizado no Salão de Atos da Unilasalle Canoas (Centro Universitário La Salle) e o deputado Nelsinho Metalúrgico (PT) comandou os trabalhos após os pronunciamentos de abertura do debate. Participaram os deputados estaduais Miriam Marroni (PT), Jurandir Maciel (PTB) e também as representações dos Coredes, Câmaras Municipais, prefeitos, secretarias municipais e de entidades comunitárias da regiãoO presidente do Parlamento gaúcho, Adão Villaverde (PT), destacou que o objetivo é montar uma espécie de plataforma com as “questões mais centrais, de caráter estratégico para as regiões, para projetar aos Executivos e governo nacional”.


Villaverde esclareceu ainda os três principais níveis de articulação do Programa Destinos e Ações para o Rio Grande. Primeiro, os grandes debates de temas para que o Parlamento se coloque no eixo das principais questões para o Rio Grande. Por exemplo, na sexta-feira foi sobre o programa Brasil sem Miséria. Segundo, os debates estratégicos, como saneamento, habitação e Código Florestal, entre outros, e no terceiro nível, os encontros regionais, um deles já realizado na Serra.

Neste sentido, Villaverde ressaltou que é colocada uma pauta muito especifica, que é relativa às principais demandas que chegam aos parlamentares, ou seja, infraestrutura, mobilidade intermunicipal e segurança pública. “É uma forma dos nossos deputados e deputadas pregarem mais a sua ação político-institucional nas regiões, nas relações que dão origem às nossas representações. Este é o sentido e inclusive queremos ouvi-los (membros de toda a sociedade), levantar estas questões e hierarquizar para que possamos, depois, conformar este conjunto de pontos, desde aquelas questões emergenciais, as mais a médio prazo e as mais de fundo”, afirmou o chefe do Parlamento gaúcho.

O representante da Câmara Federal, deputado José Stédile (PSB-RS), destacou a missão de unir o Parlamento com a comunidade organizada. Stédile fez uma referência especial à importância da participação da comunidade para que as políticas e ações estejam de acordo com seus anseios. Também esteve presente o deputado federal Ronaldo Zülke (PT-RS).

Trem

A vice-prefeita de Canoas, Beth Colombo, representando o prefeito Jairo Jorge, destacou que a rodovia 448 é uma realidade e que a RS-10 “está sendo discutida, sendo viabilizada”. Ela afirmou ainda que uma das principais metas é o rebaixamento do trem no centro da cidade. “A segurança, que é tratada com o maior carinho e dedicação pelo nosso prefeito, é um tema que tem feito de Canoas uma referência para o estado, Brasil e quiçá, fora, com todas as inovações e ações fortes que foram estabelecidas”, acrescentou.

A representante da Famurs, Gilda Kirsh, entende que os projetos devem ser pensados para o desenvolvimento das regiões. Mencionou ainda a importância de cada município elaborar seus projetos para conseguir os recursos disponibilizados pelo governo federal. “Nós, prefeitos, temos que buscar e cobrar dos governos”, comentou. Gilda complementou dizendo que “a Assembleia Legislativa está cumprindo um grande papel, que é ouvir a comunidade, independente de partidos políticos”.

Vale do Paranhana

O representante da Câmara de Vereadores de Taquara, Maurício Hugentobler, apresentou como demanda do município e da microrregião do Vale do Paranhana, a proposta de utilização dos recursos captados na praça de pedágio de Campo Bom para a conclusão das obras de duplicação da RS-239. “É importante para o desenvolvimento da região, pois trata-se da ligação de Novo Hamburgo à cidade de Riozinho. O estado atual da rodovia tem causado inúmeros transtornos à comunidade de Taquara pelos constantes engarrafamentos devido ao enorme fluxo de veículos”, frisou.

Na área da segurança, acrescentou, a região tem no plano estratégico a busca da reestruturação geográfica dos comandos de policiamento ostensivo do Paranhana e Costa da Serra. “A gente pede comandos unificados ou, no máximo, divididos em dois, um para a microrregião da Encosta da Serra e outro para o Vale do Paranhana”.

De acordo com o secretário executivo do Corede Vale dos Sinos, Márcio Kauer, "é impossível a região, pelo seu potencial econômico, estar ainda atrelada às dificuldades de mobilidade". Kauer defendeu agilidade nas obras, lembrando especialmente da importância do escoamento da produção. Por sua vez, a vereadora de Cachoeirinha, Rosane Lipert, apresentou a demanda pela abertura do acesso para a freeway. O ex-vereador de Alvorada, Vitório Trovão, criticou a demora na realização de obras de mobilidade e lembrou que é importante alargar travessas na área conhecida como Santo Augustinho, bem como, a duplicação da RS-118.

Transporte coletivo

O secretário municipal de Transporte e Mobilidade de Canoas, Luiz Carlos Bertotto, defendeu a montagem de um sistema único de transporte coletivo integrado para a Região Metropolitana. Segundo Bertotto, o Parlamento gaúcho e o o governo federal têm papel importante a cumprir para que seja aumentado o número de vagões do Trensurb. “Devemos louvar esta audiência pública para discutir nossos municípios e o esforço da Assembleia Legislativa e suas comissões, de buscar resolver a questão de mobilidade da região”, disse o secretário da cidade. Ele mencionou a importância da RS-010, sendo que é proposta a realização de parceria público-privada (PPP) para viabilizá-la. Além disto, mencionou a importância da duplicação da rodovia RS-118.
Na opinião do secretário municipal de Trânsito e Trasnporte de Gravataí, Denis Ribeiro Macedo, é preciso haver mais incentivo para que as pessoas usem o transporte coletivo, de modo a se evitar o grande volume de uso de veículos particulares. Para tanto, defende preços mais acessíveis aos usuários e subsídios aos prestadores do serviço público de transporte coletivo. Já o representante de Mostardas, Júnior Pereira, ressaltou que a Brigada Militar do município precisa de uma camionete para ter condições de atuar, tendo em vista as condições das estradas vicinais,de grande extensão.

Segurança

O secretário municipal de Segurança Pública e Cidadania de Canoas, Eduardo Pazinato, mencionou ações no país para a área da segurança, especialmente o Pronasci; e a apresentação, na semana passada, pelo governo estadual, da primeira versão de uma unidade federativa estadual no Brasil deste programa. “Neste processo, desde meados da década de 90, os municípios vêm adquirindo protagonismo no campo da segurança e o programa nacional permitiu que este protagonismo se transformasse em políticas públicas de segurança”, afirmou.
Pazinato ressaltou a iniciativa do Parlamento gaúcho e Câmara dos deputados para o fortalecimento dessas políticas, bem como, defendeu a integração de todos os poderes em favor das politicas sociais e políticas de segurança. Neste sentido, apontou a questão da valorização dos profissionais da área.

Houve manifestação de membros do bairro Guajuviras, Irocembio Madruga, que pediram que se pense na questão da habitação. “Tem projetos no Minha Casa, Minha Vida em que o pessoal de baixa renda não fica contemplado”, ponderaram.

Litoral Norte

Para o representante da Associação dos Municípios do Litoral Norte, Cláudio Bassani, é importante o governo lembrar que a região tem municípios que cresceram e merecem atenção. No caso específico da segurança, ressaltou que é preciso mais pessoal para o monitoramento das câmeras. Na sua avaliação, há descaso com o Litoral Norte.

O ex-vereador de Alvorada, Flávio Silva, sugeriu a criação de uma central de gerenciamento de vales-transporte no estado, lembrando da importância do mesmo para quem deseja estudar e se preparar melhor, garantindo melhoria do desenvolvimento do Rio Grande do Sul através da educação. 

Iniciativa

A iniciativa tem o apoio das Comissões de Assuntos Municipais, de Segurança e Serviços Públicos e do Fórum Democrático da Assembleia Legislativa. A próxima audiência regionalizada sobre o tema pelo programa Destinos e Ações para o Rio Grande será em Passo Fundo.
Fonte: Agência AL/RS

Miriam comemora anúncios de investimentos para Bagé feitos na Interiorização

A líder do Governo Tarso Genro, deputada estadual Miriam Marroni (PT), representou, nesta manhã (1º), a Assembleia Legislativa na quinta Interiorização realizada pelo Executivo no Estado, desta vez em Bagé. Durante o evento, o governador e diversos secretários estaduais fizeram anúncios de investimentos para a cidade e região e prestaram homenagem ao bicentenário do município completado neste mês.

Assim como o público presente, que lotou o ginásio da Escola Municipal São Pedro, a parlamentar comemorou os anúncios feito pelo poder Executivo. Entre eles estão o investimento de R$ 4,8 milhões na área da Educação para oito escolas da região e o lançamento do projeto Santa Tecla, que prevê mais de R$ 3 milhões para integrar a nova era da cultura digital ao programa de desenvolvimento do Rio Grande do Sul. Esse projeto se trata de um desdobramento de outro, estadual, denominado Província de São Pedro, que aplicará R$ 80 milhões para a compra de 160 mil computadores, infraestrutura e formação docente de dois anos em 278 escolas. Além da reativação do Centro de Desenvolvimento da Expressão; regularização das áreas ocupadas da Cohab.

Ao comentar o sucesso da interiorização realizada em Bagé, Miriam destacou a questão histórica do PT sempre priorizar a democracia direta e participativa. “Com o sistema de participação popular deste Governo, o Estado conta com a Consulta Popular, o Conselhão, o PPA Participativo e o Gabinete Digital. Todas essas ações, assim como a própria interiorização, são para valorizar o cidadão e sua participação na construção de um estado melhor para os gaúchos”, afirmou a parlamentar.

quinta-feira, 9 de junho de 2011

Audiência Pública debaterá situação de moradores Estaleiro Naval em Triunfo


Por requerimento do deputado Nelsinho Metalúrgico, ocorre nesta quinta-feira (9), Audiência Pública da Comissão de Assuntos Municipais da Assembleia que irá discutir a situação dos moradores do Estaleiro Naval de Triunfo que residem em área e residências de propriedade da Superintendência de Portos e Hidrovias (SPH). A audiência será realizada no Atlético Clube Bento Gonçalves, em Triunfo, a partir das 19 horas. Foram convidados representantes da Prefeitura de Triunfo, da Secretaria da Administração e Recursos Humanos, da administração do estaleiro - SPH, da Promotoria Pública da Comarca e da comissão de moradores da área.

A Bacia de Pelotas e os Desafios do Petróleo

sexta-feira, 3 de junho de 2011

Primeira audiência da Subcomissão contra o Crack em Canoas é na sexta-feira

A Subcomissão contra o Crack inicia na sexta-feira, 3, cronograma de audiências públicas em oito cidades que são polos regionais, com o objetivo de discutir com instituições públicas e organizações sociais alternativas para reforçar o trabalho de prevenção e de tratamento da dependência química. A primeira agenda será em Canoas, a partir das 14h, no auditório da Prefeitura Municipal (Rua 15 de Janeiro,11).


Segundo a proponente e relatora da subcomissão, deputada Miriam Marroni (PT), o objetivo das audiências é envolver a rede integrada por poderes públicos e entidades privadas para detectar a situação do atendimento nas regiões, do consumo do crack e das políticas de combate ao tráfico. Por meio da participação da sociedade, a subcomissão pretende elaborar uma radiografia da rede de atendimento, detectando as maiores deficiências e destacando alternativas. “Esse é um tema que não podemos esquecer, temos de abordá-lo a todo momento, pois sabemos do alcance dessa droga e de seu poder de destruição. É desolador saber que o sistema não consegue dar respostas rápidas às urgências de milhares de jovens que sofrem a escravidão da dependência química”, lamenta Miriam Marroni.

A Subcomissão contra o Crack está vinculada à Comissão de Cidadania e Direitos Humanos é integrada também pelos deputados Luciano Azevedo (PPS) e Marlon Santos (PDT).

Segue abaixo o calendário com as datas das audiências públicas.

Canoas – 03/06
Passo Fundo – 13/06
Caxias do Sul – 24/06
Santa Rosa – 01/07
Santa Maria – 08/07
Cachoeira do Sul – 15/07
Porto Alegre – 05/08

sexta-feira, 27 de maio de 2011

Definida plenárias regionais do Novo Movimento Político

PLENÁRIAS REGIONAIS



REGIÃO/ CIDADE -SEDE
DATA
RESPONSÁVEL
Região SUL/ Pelotas
12/08/11
Luciano Lima
Missões/ São Luiz Gonzaga
06/08/11
Rúbem
Vale Taquali - Rio Pardo/ Taquari
30/07/11
Maurício
Carbonífera/ Charqueadas
23/07/11
Rosangela
Metropolitana/ Definir
16/07/11
Joceane / Telassim
Campanha/ Bagé
09/07/11
Nádia
Conf. Estadual/ Porto Alegre
18/08/11
Comissão

segunda-feira, 23 de maio de 2011

Miriam Marroni pede agilidade na solução de problemas da travessia Rio Grande-São José do Norte


 A deputada estadual Miriam Marroni (PT) reuniu-se com o vice-almirante da Marinha do Brasil em Rio Grande, Sérgio Roberto Fernandos dos Santos, e com o capitão dos portos do Rio Grande do Sul, Sérgio Luiz Correia de Vasconcelos, para discutir a qualificação dos serviços e a segurança dos passageiros da travessia Rio Grande-São José do Norte. Durante o encontro ocorrido hoje, 22, no gabinete do vice-almirante, em Rio Grande, foram tratados os processos judiciais que impugnaram as licitações para o transporte de passageiros, feito em lanchas, e de veículos, em balsas. 
A deputada recebeu informações acerca de inspeção realizada, pela Marinha, nas embarcações. Duas das cinco lanchas que realizavam o transporte de passageiros tiveram suas licenças canceladas. Estão sendo reformadas e adaptadas. Das três que continuam em funcionamento, duas precisam de reparos. "Caso as exigências - mesmo que não comprometam a segurança - não sejam cumpridas, também poderão ser tiradas de circulação até a adaptação", explicou Vasconcelos. 
O capitão de portos acrescentou ainda que essas lanchas atendem apenas os requisitos mínimos de segurança exigidos. "A ação fez com que as duas empresas envolvidas comprassem três embarcações novas. Apesar de usadas e estarem passando por uma reforma, as lanchas estão em melhores condições do que as antigas", avaliou Vasconcelos. Para Santos, a situação das balsas é ainda mais grave e preocupante. 
Miriam já articula com o secretário de Obras Públicas, Irrigação e Desenvolvimento, Luiz Carlos Busato, uma forma de acelerar a publicação de um novo edital licitatório.

O ônus do trabalhador e da sociedade

Autor: Nelsinho Metalúrgico*



Sobre nós pesa o ônus de como pode ser adversa a concessão de incentivos fiscais para as grandes empresas. A Azaleia, beneficiada por incentivos do Fundopem concedidos ainda no governo Britto, devolve ao estado, e particularmente aos trabalhadores, uma ingrata medida ao anunciar o fechamento da unidade industrial em Parobé, surpreendendo todos os gaúchos.

Os benefícios tão bem recebidos pela Azaleia são devolvidos sob a forma da demissão em massa. A responsabilidade social da empresa com seus 840 empregados demitidos e a comunidade ficou em segundo plano na extinção da linha produtiva daquela fábrica. Caracteriza um golpe dilacerante em centenas de famílias e o eco desta medida extrema retumba e confronta o bom senso dos gaúchos que querem um estado mais justo para viver.

Há muito podia-se ler que esta empresa produzia calçados na Ásia e exportava-os para os mercados que tradicionalmente compravam do Rio Grande do Sul. Em busca de mão de obra barata e por uma opção em manter, no máximo grau possível, seu potencial de lucro, a Azaleia atacou o trabalhador no seu bem mais precioso por meio da guerra fiscal e do fator cambial. Os empregos estavam deixando de existir aqui no estado porque o calçado desta fábrica, produzido na Ásia, estava retirando o valor e o espaço do produto fabricado aqui.

Por outro lado, é preciso dizer que existe um alento com relação a uma série de medidas que o governo do Estado pretende implementar para a revitalização do setor calçadista. Cabe aqui reiterar aos trabalhadores da Azaleia de Parobé que as respostas serão dadas pelo governador Tarso Genro em tempo e com total empenho para permitir a retomada da competitividade do setor calçadista no Rio Grande do Sul.

Com a inversão da lógica de investimentos do Estado e a valorização do trabalhador por meio do aumento do salário mínimo regional, deve-se pensar na qualificação da mão de obra. Preceitos que nunca existiram, como treinamentos, pesquisas tecnológicas e a contribuição da área técnica e que consolidam a política de valorização do trabalhador no estado. É necessário estabelecermos regras que comprometam os beneficiados por incentivo fiscal para que, ao concedermos enormes vantagens econômicas, não sejamos prejudicados com posturas como as da Azaleia. Esta que leva consigo a herança de desrespeito e desumanização do trabalhador, tornando-o refém de uma ambição que busca salários cada vez mais baixos e produção cada vez maior.

Nelsinho Metalúrgico é bacharel em Economia, Deputado Estadual e Presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Canoas e Nova Santa Rita 

Miriam Marroni e Mães contra o Crack entregam carta de reivindicações ao Ministro da Saúde



Integrantes do Mães contra o Crack, acompanhadas da coordenadora do grupo e deputada estadual, Miriam Marroni (PT), entregaram ao ministro da Saúde, Alexandre Padilha, uma carta de apresentação e reivindicações de políticas públicas para tratamento aos filhos dependentes químicos. O encontro ocorreu nesta tarde, 20, entre as duas agendas do ministro em Pelotas. Padilha esteve na cidade para a inauguração do Núcleo de Neurodesenvolvimento da Universidade Federal de Pelotas (UFPel) Professor Mário Coutinho e ministrar a aula inaugural da Especialização em Saúde da Família - Educação a Distância (EaD).
Em Porto Alegre, a agenda de Padilha e do ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, na Capital, foi acompanhada pela parlamentar e outras sete integrantes do movimento, não as mesmas que encontraram o ministro da saúde em Pelotas.
No início da manhã elas participaram da audiência pública da Assembleia Legislativa, dentro do Programa Destinos e Ações para o Rio Grande, com o tema A Política de Saúde e o Enfrentamento ao Crack. O encontro teve as presenças, como painelistas, do ministro Alexandre Padilha e do secretário estadual da Saúde, Ciro Simoni, assim como do vice-governador Beto Grill e representantes do Judicário, Ministério Público, conselhos de direitos e organizações não governamentais e profissionais da área da saúde. 
O ministro Padilha elogiou o trabalho do grupo pelotense em seu pronunciamento. “Ações como as do Mães contra o Crack e da Cufa (Central Única das Favelas) fazem a diferença, pois auxiliam nesta tarefa fundamental que é a divulgação dos problemas causados pelas drogas”, afirmou.
Em seguida, a deputada e as Mães contra o Crack deslocaram-se para o Palácio Piratini para acompanhar a solenidade de assinatura de inúmeros convênios e protocolos de cooperação entre os Ministérios da Justiça e da Saúde e governo do Estado, destinados a reforçar ações de prevenção ao uso de drogas, de tratamento da dependência química e de combate ao tráfico. 
Acompanhadas de Miriam Marroni, as mães foram recebidas no Galpão Crioulo do Palácio Piratini, para almoço oferecido pelo governo do Estado para os integrantes do Ministério da presidenta Dilma Rousself que cumprem agenda no Rio Grande do Sul nesta sexta-feira. Além de Cardozo e Padilha, também participou do almoço a ministra do Planejamento, Miriam Belchior. Também o governador Tarso Genro ressaltou a importância do trabalho das Mães contra o Crack, em seu discurso de saudação aos ministros e convidados. 

quinta-feira, 19 de maio de 2011

A democracia Digital



Artigo: "A democracia digital", por Vinicius Wu



As possibilidades de expansão do exercício da cidadania talvez nunca tenham sido tão amplas quanto neste início de século, em virtude das inovações tecnológicas surgidas nas ultimas décadas. Por outro lado, a crescente perda de legitimidade das instituições e da política, nos convoca a enfrentar decididamente o desafio que nos é colocado pela crise da representação, que perturba os regimes democráticos em todo o mundo. O alheamento, em especial dos jovens, à política, aos partidos e, portanto, à própria democracia não será superado sem uma verdadeira reinvenção da mesma.
Com base nessa compreensão, o Governo do Estado pretende instituir um novo sistema de participação popular e cidadã, capaz de tornar-se um exemplo da busca por um novo paradigma em termos de governança democrática no Brasil. Tal como se sucedeu com a experiência do Orçamento Participativo em Porto Alegre, tornado referência internacional nos anos 90, acreditamos ser possível mobilizar toda a cultura de participação cívica no Rio Grande do Sul e, dessa forma, contribuir com a definição dos novos parâmetros da agenda democrática no século XXI.

E, como cremos ser impossível imaginar um sistema de participação hoje que não incorpore ferramentas digitais para estimular a participação e promover o controle público sobre o Estado, lançaremos, no dia 24 de Maio, o Gabinete Digital do Governador Tarso Genro.

Através do Gabinete Digital, serão criados mecanismos de diálogo direto do Governador com a sociedade gaúcha. Periodicamente, questões relevantes serão lançadas ao debate público e processadas em um ambiente digital de construção de consensos.

Além disso, o Governador responderá, pessoalmente, questões de interesse geral levantadas pelos internautas e recolhidas através de um processo aberto de debate e reflexão coletiva. Até mesmo algumas das agendas do Governador serão construídas através da participação cidadã, mobilizada em torno das redes sociais.

Também daremos continuidade à experiência do "Governo Escuta", que são audiências públicas, transmitidas ao vivo, abertas à participação através da web, sempre pautando temas de grande relevância para o estado.

Estamos convencidos de que a democracia nas próximas décadas terá, na participação digital e, principalmente, na mobilização em rede, não um "suporte", mas sim um de seus eixos estruturais. Essa compreensão é indispensável a uma agenda republicana hoje, baseada no necessário alargamento da democracia e na expansão das possibilidades do nosso sistema democrático.

Podemos estender a participação política, aproximar os jovens e ampliar enormemente a transparência e o controle social sobre o Estado através de medidas simples, tornadas possíveis pela internet e redes sociais.

Trata-se de pensar a reinvenção da utopia democrático-republicana e de imaginar uma nova democracia: a democracia do século XXI, que certamente não é a mesma de Atenas, nem tampouco aquela que a maioria de nós teve como referência ao longo do século XX.

Vinicius Wu
Chefe de Gabinete do Governador
acesse o gabinete digital
http://www.gabinetedigital.rs.gov.br

terça-feira, 10 de maio de 2011

Projeto Prefeitura na Rua de Canoas completa 100 Edições


 
O Prefeitura na Rua completou 100 edições neste sábado, na Praça Lotário Steffens, bairro Rio Branco. O prefeito Jairo Jorge, a vice-prefeita e secretária da Saúde Beth Colombo, a 1ª dama e presidente do Maca Thais Pena, secretários, adjuntos e subprefeitos estiveram à disposição para atender as demandas da população.

Na abertura foram realizadas homenagens ao aniversário do evento e ao Dia das mães, por cem alunos da Escola Municipal General Osório, que cantaram e fizeram coreografias. O prefeito, em um gesto simbólico, entregou rosas para 1ª dama, para a vice-prefeita e para as secretárias presentes. Também foram distribuídos, alusivo a 100 ª Prefeitura na Rua, cem botões de rosas para as mães da comunidade. Um bolo e parabéns registram a comemoração.

Aproximar a Prefeitura do cidadão

Jairo afirmou que o sucesso da Prefeitura na Rua, se deve ao trabalho e confiança depositados no projeto. Destacou a importância da participação da comunidade na administração pública, “Todos os sábados estaremos atendendo a todos. Vamos trabalhar juntos para o sucesso de Canoas.” O prefeito lembrou das primeiras edições, dos avanços da estrutura do projeto e uma das primeiras solicitações: um grupo de crianças pediu diretamente à ele a reforma da Praça Lotário Steffens. Pedido atendido: hoje a praça está revitalizada.

Para a comunidade do quadrante Sudoeste, o prefeito anunciou a construção de um mini hospital, Unidade de Pronto Atendimento – UPA-, que funcionara 24 horas. Investimentos em mais segurança, obras de saneamento, também são metas para a região.

Atendimento para todos

Daicimara Santana foi a primeira pessoa atendida pelo prefeito. Ela pedia transporte escolar para filha, de 12 anos, deficiente visual. Pedido feito e resolvido: foi encaminhado para a Secretaria de Educação, a inclusão do transporte para a menina. A moradora ficou satisfeita com o resultado e afirmou que o Prefeitura na Rua é uma oportunidade única e essencial, principalmente para aqueles que não possuem condições de deslocamento, “a Prefeitura vem até nós.”

A Secretaria de Desenvolvimento Social ofereceu serviços de confecção de carteira de identidade, CPF, carteira de trabalho, certidões, serviços de assistência jurídica e cadastro de Bolsa Família. Foram prestados atendimento para 373 pessoas.

A moradora Paloma de Freitas, 18 anos, aproveitou o dia para fazer pela primeira vez documentos de identidade e CPF. Paloma avaliou como positiva esta iniciativa da Prefeitura, de oferecer serviços dentro dos bairros, ao alcance de todos.

Nesta edição, o Prefeitura na Rua atendeu 128 pessoas. Desde que foi instituído, o projeto contabiliza 11.385 atendimentos. A Secretaria de Comunicação transmitiu ao vivo, pela internet, esta edição do Prefeitura na Rua. A Rádio Band News também fez a cobertura do evento.

Fonte: www.canoas.rs.gov.br

Gestor esteiense representará o Brasil em Camarões

Marília Dias
O município de Esteio vai representar a Rede Brasileira de Orçamento Participativo na República de Camarões na próxima semana. Entre os dias 10 e 12 de maio, o município participa do Encontro de Desenvolvimento e Participação Popular na cidade mais populosa de Camarões, Douala. A viagem não terá custos para a Prefeitura de Esteio.

No encontro, o supervisor geral da Secretaria de Planejamento e Gestão, Marcio Stefani, vai falar sobre os métodos de participação popular e descentralização da administração pública com foco no Orçamento Participativo. "Seremos a única cidade brasileira no evento, o que reforça a disposição permanente desta gestão em promover, incentivar e dar valor à voz do cidadão. É um reconhecimento ao trabalho da Administração e de toda a comunidade e conselheiros do OP", ressalta o gestor.

Fonte: www.esteio.rs.gov.br